Militares, milícias e tráfico
- Nos anos 70 e 80, os EUA e os grupos de direita financiaram esquadrões da morte contra movimentos sociais, provocando guerras civis em El Salvador, Nicarágua (os “contras”), Guatemala e República Dominicana. Esses esquadrões, que tinham o aval do estado e dos EUA, se associaram ao tráfico de drogas e são origem da grande violência social e política nesses países até hoje.
- A mesma tática de “guerra suja” de associar Exército, paramilitares de direita e traficantes de drogas foi utilizada na Colômbia, na Bolívia, no México e no Paraguai, com a anuência do Estado.
- No Brasil, durante a ditadura de 64, esquadrões da morte, como o liderado pelo policial Sérgio Paranhos Fleury, torturaram e assassinaram centenas de pessoas nas grandes cidades. No caso de Fleury, hoje sabe-se que suas milícias eram financiadas por empresários e tinham certa autonomia para matar, agindo como braço ilegal do Estado. Fleury ganhou muito dinheiro com as atividades paralelas e extorsão, além de estabelecer relações com o nascente tráfico de drogas. Foi possivelmente o “pai” dos milicianos.